26 outubro 2011

Palavras acordadas

Queridos! Fui convidada pela doce Maria Luiza do blog Casa da Alquimia para participar do projeto de acordar palavras boas e fazer adormecer palavras tristes. Algumas eu emprestei do poeta em minha vida:
Mário Quintana!


Percebo, em toda parte, algo inexplicável e misterioso, como um espelho mágico. Sinto o ar brejeiro de tantas idéias e o sabor suave da vida, um tanto sonhada, um tanto vivida. Ainda menina, já recortava os teus poemas. Eu colecionava este batalhão de letras e nunca mais os esqueci. Eles coloriram meus dias e as páginas de meus cadernos. Sabia, de cor e salteado, que as únicas coisas eternas são as nuvens. Meu baú de espantos se enchia de recortes enviesados. Eram poemas abarrotados de ritmos que dançavam para mim. Ora, que dança que não se dança? Lá dentro da caixa eu guardava o sapo amarelo, o poeminha do contra, 0 sapato florido, utopias e mentirinhas. E, é claro, verdades que esqueceram de acontecer. Todos os poemas vinham povoar os meus sonhos, fazendo piruetas em meu quarto. Piruetas, sim senhor! Ouço aqui uma canção de muito longe e vou fazendo meus próprios versos, enquanto uma cadeira de balanço embala minha pobre poesia. São versos tristonhos de saudades, um chocalho de palavras, para ti, o poeta que virou estrela.

Palavras... e flores penduradas


Palavra acordada é bem diferente... fala e conta, como se fosse gente! (Ilaine)



Agora é a sua vez... Acorde palavras também. É divertido! Beijo




Imagens e texto: Ilaine
Texto publicado no jornal NH- Novo Hamburgo

22 outubro 2011

Por decorar

Gosto de decoração. Desde menina brinco de casinha. Eu gostava de bonecas... mas arrumar o porão da casa de meus pais e lá instalar um lar para meus sonhos... Ah, isto era um universo sem limites. Vasculhava a dispensa de mamãe e procurava tesouros no sótão, nos quartos e nas gavetas da velha cômoda. Eu tinha porcelanas – cacos de porcelanas, mais ou menos assim: belíssimos vasos, sofisticadas tigelas, estilosas sopeiras, bules elegantes e finíssimas açucareiras. E já não não eram pedaços... Em minhas mãos haviam se transformado em peças preciosas - esculturas inteiras e raras. Nessa orgia de encantamentos encontrei diamantes, rubis, esmeraldas e safiras. Em tudo o que eu colecionava, havia a vivacidade de meu carinho.

Gosto de decorar, aliás... adoro!

Obrigada por conceder-me carinho e dedicação. Você é uma pessoa admirável!






Imagens e texto: Ila

20 outubro 2011

Poses

Amigos queridos! Meus filhos e eu estamos de férias... por isto não pude visitá-los. Ainda não é advento, mas hoje meus anõezinhos de natal me chamaram tão alto que tive que tirá-los da caixa. E agora estão aí pela casa felizes... fazendo pose para vocês. Este design é da Maileg - veja aqui o site. Com a chegada do outono, já posso sentir também aromas natalinos.
Abraço carinhoso!



De cachecol... Ela está coisa mais chique!




Imagens: Ila

18 outubro 2011

Contextos

Meu dias tem sido muito cheios de coisas que penso e que sinto. Os mundos que tenho me fazem quase duas. Mas não é fingimento, é a realidade feito pedra e água. Não tenho tido pressa em expor, tenho tido tempo para absorver e analisar. O presente e o futuro se diluem em um só. A escrita e a realidade se confundem em cada texto num lirismo dos loucos, como diz Bandeira. Decidi não cobrar cada palavra, ainda que minha história possa parecer um vocabulário longo e envelhecido. Mas para mim nada é efêmero, tudo volta e se aninha em algum espaço de meu tempo. E se renova em outros prismas.

Gente linda! Obrigada pelo carinho!
Ich mag dich!





Sim, sim! Eu gosto de fotografar corações...



Imagem e texto: Ilaine

14 outubro 2011

Urbe herdada

Olhei ao meu redor. Vi uma cidade linda e faceira, debruçada serena por sobre o espelho azul das águas do Mar Báltico. As casas coloridas ao longo dos canais revelavam estilos e histórias de séculos passados. Observei construções babilônicas, cuja arquitetura exuberante enchia meus olhos de fascinação. Segui em direção ao mar, sentindo na pele a brisa suave da maresia. Por toda parte, vi barcos e navios e uma atmosfera mágica de cidade portuária me envolvia. Deixei-me guiar pelo aroma dos ventos, numa irrefutável busca a que me propusera: conhecer e cativar. Senti que esta cidade - vistosa e humana - me acolhia, deslumbrando-me com seu aspecto de rara beleza. Com resguardo, percorri muitos caminhos. Um tênue fio acolhedor me conduzia por uma estrada cristalina e sossegada... nesta cidade... rodeada de mar.
Copenhague


Cidade poupada pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.


Nova ópera. Leia mais aqui!

Casa de Teatro. Veja mais inforamações aqui!

Barcos, barquinhos... e cruzeiros. É a paisagem que você encontrará em todo o lugar.



Imagens feitas ontem e hoje... para você!







Texto e imagens: Ilaine

12 outubro 2011

Para você... que tem blog!

Aqui, da minha sala de escrever, eu espero por você. Não posso ouvir seus passos e, nem tampouco, escuto o seu chamado. De muito longe você vem, ou então de tão perto. Eu nunca lhe vi pessoalmente. Conheço tão somente o seu sorriso na pequena imagem de seu perfil. Desconheço o canto de sua voz e expressão de seu olhar. Por isto... e justamente por isto você é tão importante para mim. Nossa relação está baseada na silente virtualidade de nossos espaços. É por esse espaço que mostro quem eu sou. Através de finíssimos estigmas de minha individualidade, vou revelando um pouquinho de mim. Todo blog é precioso e raro. Ele é espelho, é moldura. O blog sou eu. O blog é você, pessoa querida!

E eu preciso... preciso cuidar de você!

Copos - design tinekhome





Imagens e texto: Ilaine

11 outubro 2011

Latina

...prossigo latina e continuo a palmilhar por este velho continente. Componho minha história de imigrante com a voracidade e intrepidez de um marinheiro. Arejo minha alma inquieta com um pouco de ginga, de dengo e de samba-canção, sentido-me assim... mais forte e mais poeta. Entretanto, a fragilidade com que sou revestida quando ando pela Europa é um estado natural de imigrante. Falo de uma vigilância positiva, sem medo, que me acompanha constantemente, visto que, estou sempre a me justapor, identificando usos e costumes num país onde não nasci. Aqui onde vivo, tenho o privilégio de conviver com pessoas de todas as partes do mundo, deixando-me fascinar por suas culturas, por suas raças e por seus idiomas. Não obstante, em contrapartida, me revelo brasileira que sou, mostrando todo o carinho que tenho por minha terra. Entusiasmada, falo de meu país como quem fala de um grande amor. Por um instante fugaz, sinto o aroma inconfundível do limão, do café e das torradas. Falo de nossa alegria, da mistura das raças e de nossa hospitalidade. Lembro dos jacarandás floridos e da exuberância dos flamboyants. Sinto na pele o calor escaldante do sol e o frescor salgado das águas de nossos mares. Como que hipnotizada, passo os olhos por Porto Alegre e lembro de Quintana, da Rua da Praia e do Guaíba. Falo de Vinícius, de Tom, de Veríssimo e de Caymmi... Sou peregrina, de coração brasileiro!
O carinho pela patriazinha
não impede que eu goste muito,
muito da cidade em que vivo.
Ela é linda!


Perdoem o texto longo!

Tacinhas da GreenGate. Veja o catálogo aqui!




Imagens: Ilaine

09 outubro 2011

Ciclos

Pessoas queridas! Obrigada pelo carinho em meu blog. Estou felicíssima com as adoráveis visitas. Ainda não consegui visitá-los todos, mas já não tarda e estarei batendo em sua porta. Hoje fiz este enfeite para trazer ares de outono para dentro de minha casa. Parece-me, no entanto, que ficou com jeito de natal, não é? Fui no bosque e colhi estas "frutas/flores"... quando fui ver, haviam só as vermelhas dentro do cesto.

Por aqui está assim... o dia adormece mais cedo. Lá fora a noite embala o mundo. É fria e merencória, mas afetuosa. Noite de outono, quase inverno. Abraço forte!





Imagens: Ilaine