29 junho 2015

Fotografia

Porque saio para fotografar... já inquieta. Tomo a direção do Jardim Botânico. O caminho está ladrilhado de encontros. Neles procuro-me. Palavras rabiscam figuras em minha cabeça. Escolho algumas para falar daquilo que já não consigo guardar. A folha rodopia com o vento e me fez lembrar do poema que gostaria de ter escrito - mas que não sei decifrar. Então, o silêncio em mim é interrompido pelas vivas vozes das plantas do parque. As flores, os pinheiros, os carvalhos e as faias, arbustos e ervas... tudo está a me falar. Olho para trás e vejo uma flora inteira a me contar coisas. Fascinada, observo a variedade de suas formas essenciais. O canto é matizado. E eu me encontro neste muro intransponível.. o da emoção. 
O parque... tão cheio de nós. Metamorfose e troca.




23 junho 2015

Papoulas

Bom dia, queridos amigos!
Eu gosto muito de papoulas.
Ontem, passeando em meu bairro,
vi as margens  dos trilhos de trem floridos.
É numa ponte nova e lá semearam flores silvestres.
Ah, eu fiz muitas fotos.
Espero que gostem e espero também
que os motivos não sejam muito parecidos. 
Feliz dia... e obrigada pelo carinho!











16 junho 2015

Da aurora

Era como se a primavera lhe pertencesse, como se quisesse esposá-la, 
como se a luz fosse sua, como se tivesse que realizar um ritual. 
Saudava-a, acolhia-a, hospedava-a. 
Talvez Maia temia que a primavera fosse embora, 
que se retirasse, que levasse todas as fitas coloridas, 
que nos abandonasse, que se despedisse 
e que a buganvília deixasse de florescer.

15 junho 2015

Rouge cardinal

No meio dos arbustos nasceu uma planta. Enroscava-se nos pequenos ramos, aprontando a maior orgia. Dava para ver seus fios, com os quais se segurava e se prendia. Olhando mais de perto, pude ver que em cima de suas folhas havia pequenas nervuras - um pouco mais escuras. Era uma trepadeira. Mas seria flor ou uma espécie de erva? Cuidei-a. A planta, ali no canteiro dos arbustos, nascera sem ser por mim semeada ou plantada. Viera repentinamente. Quando a vi já estava metendo seu nariz por cima das outras folhas. Crescia e vicejava. Eu a regava sempre, todos os dias. E então, a surpresa: haviam crescido botões: um, dois, três... Muitos! Depois de uma longa gestação, os botões abriram.

 No meio dos arbustos nasceu uma planta: uma clematis, de cor roxa, com pétalas aveludadas. Era linda, como o seu nome. Flora. Flor. Rouge Cardinal. 









10 junho 2015

A natureza é mágica


O seu poder me envolve e me acalma. 
O florir, o crescer é como se fosse uma companhia para mim. 
Caminho de mãos dadas com a flora
que se modifica, que exala felicidade. 
Alegria de muitas cores, de formas múltiplas e de espessuras. 
Deixo-me possuir pela força, pelos fluidos perfumados das espécies. 
Que me falam, que deitam no coração.
Que tem um poder imensurável.

07 junho 2015

Frederiksborg Slot e seu jardim barroco. Em Hillerød

Se a gente cresce com os golpes duros da vida, 
também podemos crescer com os toques suaves na alma.

Cora Coralina




05 junho 2015

Mit Hjem er mit Slot

Eu adoro esses badulaques. 
E você?