08 maio 2014

As janelas estão abertas, a porta escancarada.
Um vento morno atravessa os pequenos aposentos da casa.
Ela senta no primeiro degrau da escada que vai para o jardim.
Segura nas mãos sua xícara preferida, aquela com flores lilás.
O café alimenta o corpo e a alma.
Seu olhar está coberto de brilho: é felicidade.
Olha suas plantas, elas concedem-lhe o encanto do nascer e do florir,
um despertar silencioso.
Ouve, no entanto, seus cochichos e o alvoroço de sua presença.
Hoje está muito pensativa. Lembra de seus amigos.
Todas as vezes em que regressa, encontra-os de braços abertos e então...
é como se o tempo não houvesse passado.
A autenticidade é como uma pele - sem rugas.
Há espaços entre ela e seus amigos,
espaços configurados nas mais diversas formas.
Mas nada, nada os fará mudar. E a beleza do reencontro se refaz com
condimentos de um passado cheio de sonhos e doidices.
Afeição não envelhece. Ah, que bom que você continua a mesma!









28 abril 2014

E por falar em cisnes... Sou perdidamente apaixonada por eles. 
E eu, coincidência ou não, moro perto da enseada Moinho dos Cisnes - Svanemølle - 
o mesmo nome da "minha" estação de trem, de onde vou para todos os lugares. 
Seguido vou visitá-los, lá na praia, onde moram. 
Já os vi, perplexa, passear no mar com seus bebês - acreditem, era um dia de domingo.
Nadavam em fileira, em cada ponta um dos pais e no meio, os pequeninos. 
Tinham dois filhos. Isto foi no ano passado, no final do verão. São belos os cisnes. 
Quando os vejo, tiro uma centena de fotos.
Todavia, ainda não consegui fotografar a imagem desejada, 
conhecida por todos: aquela, 
quando formam um coração com seus pescoços unidos, 
quando em sua mudez, cantam o sentimento, 
quando em sua elegância, coreografam o amor.

Pictures: Lakes in Copenhagen





Imagens: Ilaine

16 abril 2014

Hoje fui comprar ramos para fazer um arranjo de Páscoa. 
Ao embrulhar os galhos, a florista me perguntou se eu aceitava 
um buquê que havia sobrado ainda de ontem, pois haviam feito demais. 
É de graça! - ela falou sorrindo. Ah, se eu quero? 
Claro! Agradeci e saí da loja feliz da vida... 
com um lindo buquê nos braços. 
Nada como ganhar flores, ou? 

13 abril 2014

Descubra um lugar 
onde gostaria de estar e ficar. 
Sozinho ou com alguém. 
Um espaço que terá algo em comum com você. 
Que lhe fará bem e... feliz.  
Um lugar que acolhe, 
que satisfaz e que seja imenso
e infinito
para tudo o que queira pensar e sentir. 




O tempo não ajudou. 
Ora tinha sol, ora nuvens. E até chuva. 
E quanto vento...




Palavra
um legado que nunca desbota, a lúcida lembrança, minha bagagem brasileira. 
A Língua Portuguesa é parte de minha gênese - traço desenhado, 
como linhas das mãos, como o rosto no espelho, o carimbo da digital. 
Adoro meu idioma, a essência latina - o amor absoluto por minha terra, 
a nítida voz do sentimento, a estrutura do meu pensar. 
O texto é consequência - a linguagem da emoção. 
Uma história contada, uma alegria dividida, o despejo da dor. 
Trago em meu alforje a palavra real e um tantinho inventada. 
Contudo, sempre, sempre... brasileira.

08 abril 2014

Quando é primavera...











23 março 2014

Um domingo. 
Um passeio...
Encontros. 















Imagens: Ilaine