Para a postagem coletiva da querida Norma - Pensando em Família - deixo este texto para vocês, cujo tema é: Famílias e Impactos Tecnológicos.
Contudo, na família, é preciso escolher e estabelecer limites. Devemos ter o cuidado de manter o encontro e o diálogo. O olhar... a palavra dita são as mais subjetivas premissas do processo. Nesta busca está inserida a comunicação direta e espontânea - ouvir e contar. E que a troca aconteça sem a invasão da televisão. Que o aparelho esteja em silêncio... que não sirva de pano de fundo no momento do encontro. Que o diálogo seja ilustrado tão somente pela voz das pessoas que amamos - que ouçamos o suave soar de cada palavra. Encontro de família - sem impactos tecnológicos.
Comunicar-se é um processo amplo.
Falo de um sistema que abrange a expressão e a interpretação,
cujos ensaios e ferramentas ocupam nosso cotidiano de forma
magnífica. Manifestamo-nos através da música, que irradia uma
mensagem universal. A escrita, em forma de símbolos, já foi usada
como meio de expressão na idade mais remota da história humana. O
cinema, a literatura e a mídia atingem um número imenso de
receptores, a assim chamada cultura de massa, processando um salutar
efeito na sociedade em que vivemos. Comunicar-se é, na verdade, um
aprendizado constante, pois não vivemos isolados e nem tampouco
somos completos. Em sua magnitude, a troca é fundamental.
Dispomos hoje uma infinidade
de códigos extremamente exatos, com os quais estabelecemos contatos
sem fronteiras - impactos tecnológicos. Pela trajetória dos tempos,
nós humanos nos tornamos especiais e talentosos, feito uma colméia
de abelhas altamente organizada. Estamos famintos por comunicação,
rápida e eficaz. Nesta seara, avançamos a passos largos, e a
colheita é rica e boa. A comunicação, em seu universo, confere-nos
possibilidades múltiplas e incomensuráveis. Oxalá a usemos para o
bem de toda a aldeia global.
Contudo, na família, é preciso escolher e estabelecer limites. Devemos ter o cuidado de manter o encontro e o diálogo. O olhar... a palavra dita são as mais subjetivas premissas do processo. Nesta busca está inserida a comunicação direta e espontânea - ouvir e contar. E que a troca aconteça sem a invasão da televisão. Que o aparelho esteja em silêncio... que não sirva de pano de fundo no momento do encontro. Que o diálogo seja ilustrado tão somente pela voz das pessoas que amamos - que ouçamos o suave soar de cada palavra. Encontro de família - sem impactos tecnológicos.
13 comentários:
Lindo seu texto, chega a ser poético. Estou feliz que tenha aceito participar. Os textos estão ótimos. Temos muito material para refletirmos sobre muitos aspectos.
bjs.
O ponto mais bacana, pra mim, foi quando menciona a interação que envolve os sentidos, resgatando a conversa olho no olho. As palavras não carregam as emoções e aquilo que fica oculto pq não existe como expressar, senão por aquilo que se vê... que se dá atenção...
Realmente é um "impacto" nas relações...
Legal Ilaine, tua participação!
Perfeita reflexão amiga, que seja bem vinda a tecnologia para bem servir a sociedade e que saibam todos usa-la para o bem sem perder o foco do contato,do aconchego.
Saudade daqui.
Um boa semana a voce e parabens pelo lindo texto nesta maravilhosa ideia da Norma.
Meu terno abraço.
Ilaine, adorei tua participação, muito bem escrita, do teu jeitinho! E em tudo, limites aparecem,né? beijos,chica e linda semana!
Olá Ilaine!
Um dos melhores textos que li sobre este tema na BC da Norma!
Parabéns! E gostei igualmente do olho no olho, sem nada para atrapalhar.
Um beijo. Foi um prazer conhecer sua casa, o seu castelo!
Astrid Annabelle
Perfeito Ilaine!
E o último parágrafo fechou com chave de ouro.
Xeros
Eu diria que não só em família mas em todas as nossa relações. O tecnológico não pode substituir, sobrepor, anular. O social, o emocional, até o intelectual.
Desligar de quando em vez é obrigatório e, também, de vez em quando reanalisar as regras de ligação.
Abraço,
Teresa
Ilaine adorei o teu texto
Num tema tão largo, profundo.
Maravilhoso!
Parabéns
Debby :)
Queria eu poder encontrar a verdadeira cápsula do tempo. Acredito que se tirássemos um pouquinho do nosso precioso tempo para ouvirmos e pararmos para entender olhares resoveria várias coisas na vida assim como a ansiedade e a depreção. Solidão... a procura de coisas que iriam suprir por instantes esse vazio, seriam resolvidas com alguns instantes de risos e uma boa prosa...
Lindo texto querida!!
Olá, querida
O final do seu post foi espetacular... assim penso também.. nunca trocar valores... a inversão é a questão da derrota da família...
Bjm de paz e bem
Oi, Ilaine!
Lendo o seu texto lembrei da música "Televisão" do Titãs, ainda na antiga formação com Arnaldo Antunes...
"É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura"
De que adianta o coração capturar e você não saber expressar? De que vale a poesia se ela não for veículo para o olhar? De que vale conhecer tanta gente e ao mesmo tempo olhar a sala vazia?
Casa da mãe rima com pia que pinga água todo dia e respinga amor pelas beiradas. É pingo na pia e mãe que fala. Mãe que reclama do novo álbum de figurinhas, um tal de facebook...
Ilaine,
vc conjugou realidade e poesia com alinhavos pertinentes.Levou a conversa no rumo do qual nunca deveria ter se distanciado:os sentimentos/o diálogo em família; a voz, a vez, o toque,o olhar, o ombro, o colo, o riso, o choro, o ser...
Adorei conversar contigo, viu?
Bjos,
Calu
Olá Ilaine
Seu texto está perfeito.
Usar a tecnologia sem permitir que ela invada o convívio da família.
Beijos
Maria Luiza (Lulú)
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