14 maio 2013

Para a postagem coletiva da querida Norma - Pensando em Família - deixo este texto para vocês, cujo tema é: Famílias e Impactos Tecnológicos.





Comunicar-se é um processo amplo. Falo de um sistema que abrange a expressão e a interpretação, cujos ensaios e ferramentas ocupam nosso cotidiano de forma magnífica. Manifestamo-nos através da música, que irradia uma mensagem universal. A escrita, em forma de símbolos, já foi usada como meio de expressão na idade mais remota da história humana. O cinema, a literatura e a mídia atingem um número imenso de receptores, a assim chamada cultura de massa, processando um salutar efeito na sociedade em que vivemos. Comunicar-se é, na verdade, um aprendizado constante, pois não vivemos isolados e nem tampouco somos completos. Em sua magnitude, a troca é fundamental.

Dispomos hoje uma infinidade de códigos extremamente exatos, com os quais estabelecemos contatos sem fronteiras - impactos tecnológicos. Pela trajetória dos tempos, nós humanos nos tornamos especiais e talentosos, feito uma colméia de abelhas altamente organizada. Estamos famintos por comunicação, rápida e eficaz. Nesta seara, avançamos a passos largos, e a colheita é rica e boa. A comunicação, em seu universo, confere-nos possibilidades múltiplas e incomensuráveis. Oxalá a usemos para o bem de toda a aldeia global.

Contudo, na família, é preciso escolher e estabelecer limites. Devemos ter o cuidado de manter o encontro e o diálogo. O olhar... a palavra dita são as mais subjetivas premissas do processo. Nesta busca está inserida a comunicação direta e espontânea - ouvir e contar. E que a troca aconteça sem a invasão da televisão. Que o aparelho esteja em silêncio... que não sirva de pano de fundo no momento do encontro. Que o diálogo seja ilustrado tão somente pela voz das pessoas que amamos - que ouçamos o suave soar de cada palavra. Encontro de família - sem impactos tecnológicos. 

13 comentários:

pensandoemfamilia disse...

Lindo seu texto, chega a ser poético. Estou feliz que tenha aceito participar. Os textos estão ótimos. Temos muito material para refletirmos sobre muitos aspectos.
bjs.

Denise disse...

O ponto mais bacana, pra mim, foi quando menciona a interação que envolve os sentidos, resgatando a conversa olho no olho. As palavras não carregam as emoções e aquilo que fica oculto pq não existe como expressar, senão por aquilo que se vê... que se dá atenção...

Realmente é um "impacto" nas relações...

Legal Ilaine, tua participação!

Toninho disse...

Perfeita reflexão amiga, que seja bem vinda a tecnologia para bem servir a sociedade e que saibam todos usa-la para o bem sem perder o foco do contato,do aconchego.
Saudade daqui.
Um boa semana a voce e parabens pelo lindo texto nesta maravilhosa ideia da Norma.
Meu terno abraço.

chica disse...

Ilaine, adorei tua participação, muito bem escrita, do teu jeitinho! E em tudo, limites aparecem,né? beijos,chica e linda semana!

Astrid Annabelle disse...

Olá Ilaine!
Um dos melhores textos que li sobre este tema na BC da Norma!
Parabéns! E gostei igualmente do olho no olho, sem nada para atrapalhar.
Um beijo. Foi um prazer conhecer sua casa, o seu castelo!
Astrid Annabelle

Misturação - Ana Karla disse...

Perfeito Ilaine!
E o último parágrafo fechou com chave de ouro.
Xeros

Teresa disse...

Eu diria que não só em família mas em todas as nossa relações. O tecnológico não pode substituir, sobrepor, anular. O social, o emocional, até o intelectual.
Desligar de quando em vez é obrigatório e, também, de vez em quando reanalisar as regras de ligação.

Abraço,
Teresa

Debby disse...

Ilaine adorei o teu texto
Num tema tão largo, profundo.
Maravilhoso!

Parabéns
Debby :)

angela cristina menegotto disse...

Queria eu poder encontrar a verdadeira cápsula do tempo. Acredito que se tirássemos um pouquinho do nosso precioso tempo para ouvirmos e pararmos para entender olhares resoveria várias coisas na vida assim como a ansiedade e a depreção. Solidão... a procura de coisas que iriam suprir por instantes esse vazio, seriam resolvidas com alguns instantes de risos e uma boa prosa...
Lindo texto querida!!

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida
O final do seu post foi espetacular... assim penso também.. nunca trocar valores... a inversão é a questão da derrota da família...
Bjm de paz e bem

Luma Rosa disse...

Oi, Ilaine!
Lendo o seu texto lembrei da música "Televisão" do Titãs, ainda na antiga formação com Arnaldo Antunes...

"É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura"

De que adianta o coração capturar e você não saber expressar? De que vale a poesia se ela não for veículo para o olhar? De que vale conhecer tanta gente e ao mesmo tempo olhar a sala vazia?
Casa da mãe rima com pia que pinga água todo dia e respinga amor pelas beiradas. É pingo na pia e mãe que fala. Mãe que reclama do novo álbum de figurinhas, um tal de facebook...

Calu Barros disse...

Ilaine,
vc conjugou realidade e poesia com alinhavos pertinentes.Levou a conversa no rumo do qual nunca deveria ter se distanciado:os sentimentos/o diálogo em família; a voz, a vez, o toque,o olhar, o ombro, o colo, o riso, o choro, o ser...
Adorei conversar contigo, viu?
Bjos,
Calu

Lulú disse...


Olá Ilaine
Seu texto está perfeito.
Usar a tecnologia sem permitir que ela invada o convívio da família.
Beijos
Maria Luiza (Lulú)